Este domingo continua a discussão sobre o tema do remorso e do arrependimento, que abordamos durante o Domingo do Fariseu e do Publicano. Mas a mensagem (1 Coríntios 6:12-20) vem com uma frase intermediária que abre um tópico especial: o tópico do ascetismo físico. Porque depois de oito dias entraremos no período de jejum, a Igreja já está ouvindo de nós uma advertência do Apóstolo Paulo a respeito deste ritual. O Apóstolo disse, em primeiro lugar, aos Coríntios, que todas as coisas permitidas não são úteis. Não devemos permitir que nada nos controle, mesmo o que é legítimo. Os alimentos são para o estômago e o estômago é para os alimentos. Mas nem o estômago nem os alimentos são importantes para a vida espiritual, porque Deus destruirá os alimentos e o estômago.
Quando o Mensageiro expandiu seu tópico, ele falou sobre impureza. Se os alimentos são para o estômago, então o nosso corpo não é para a imoralidade. Nosso corpo é do Senhor, e o Senhor é o nosso corpo. Aqui encontramos um argumento que distingue Paulo, que é a sabedoria em todas as coisas (na linguagem de Cristo). Seria de esperar que o Mensageiro condenasse a impureza a nível moral, ao nível da lei, dos vícios e das virtudes. Mas Paulo vê as coisas de outro ângulo: (Vocês não sabem que seus corpos são membros de Cristo? Devo tomar os membros de Cristo e torná-los membros de uma adúltera? Deus me livre.) Não somos apenas membros de Cristo, mas templo do Espírito Santo: (Vocês não sabem que seus corpos são templo do Espírito Santo?) (4). إذاً، (اهربوا من الزنى…). وليس الامتناع عن الطعام طريقة الصوم الوحيدة وليس أفضل طرقه أيضاً. فالرب يتطلب منا بصورة إلزامية الطهارة في الزواج والعزوبة، بحسب وضع كل واحد، طهارة تشمل القلب والفكر والجسد.
Agora vamos à ideia principal deste domingo. É apresentada no Evangelho que recitamos durante o serviço divino: a parábola do filho pródigo. Entre as parábolas evangélicas, a parábola do filho pródigo (Lucas 15:11-31) é talvez mais conhecida e familiar do que outras. É certamente um dos exemplos mais influentes. Por que o Mestre quer focar neste provérbio? Qual é a maior mudança no espírito do jovem que deixou o pai, desperdiçou o dinheiro numa vida devassa, passou fome, desejou as alfarrobas que os porcos comiam e decidiu viajar e voltar para o pai? Sim, as palavras do jovem: (Levantar-me-ei e irei ter com o meu pai e direi-lhe: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho), sim, estas palavras permanecem uma expressão profunda e comovente de remorso.
A decisão do filho pródigo: (levantar-me-ei e irei até meu pai) demonstra a importância do ato de (ir), do ato de vontade (não é possível ir até o pai se não se levantar primeiro e viajar). Contudo, o jovem arrependido não é o rosto mais atraente da parábola.
Seu remorso não é resultado de uma mudança de consciência completamente isenta de propósito. Este remorso não é estranho a todos os relatos pessoais: o filho pródigo queria escapar à miséria, por isso escolheu a única saída que lhe estava disponível. A pessoa central da parábola é antes o pai. Aqui nos deparamos com uma ternura totalmente desprovida de propósito e gratuita, uma ternura que espera, fica acordada e antecipa o retorno do filho pródigo, e quando o vê ao longe, não aguenta mais isso, então ele corre até o filho, se joga em seu pescoço e o beija longamente. (Sabemos o quanto uma situação como esta no Oriente desonraria a dignidade de um xeque.) E aqui está o pai, sem culpar o pródigo, mandando colocar-lhe um anel no dedo (sinal do herdeiro) e sandálias nos pés (sinal do homem livre, distinto do escravo), e que ele abata o bezerro cevado e o desfrute. Ele fez vir seus servos (com o terno mais luxuoso) e vestiu-o no filho: Observemos que o assunto não está relacionado ao terno mais luxuoso que o filho pródigo possuía antes de sua viagem, mas sim ao terno mais luxuoso que o casa poderia se transformar. Deus não se satisfaz apenas em fazer com que o pecador arrependido desfrute da graça que tinha antes do pecado, mas sim em conceder-lhe a maior graça que ele pode receber, com a máxima quantidade de graça.
A história do filho pródigo é a nossa própria história. Viagens voluntárias, vida pecaminosa, miséria, remorso, retorno e perdão: tudo isso já vivemos – e quantas vezes!
Prestemos atenção ao papel desempenhado por uma terceira pessoa: o irmão mais velho do filho pródigo. Na parábola, o filho mais velho parecia invejoso. Ele ficou irritado com o perdão tão generosamente concedido. Ele recusou, apesar dos apelos do pai, participar das celebrações. Isto é o oposto do que acontece no verdadeiro retorno do pecador.
O irmão mais velho é aquele filho a quem o Pai diz: (Meu filho, você está sempre comigo e tudo o que é meu é seu), o Senhor Jesus, exorta todo filho pródigo a voltar e pegar o pecador pela mão e conduzi-lo. ao Pai com intenso carinho.
As orações da noite e da noite deste domingo contêm passagens que nos explicam eloquentemente os ensinamentos da parábola. Aqui estão alguns deles:
(إذ بدّدت غنى المنحة الأبوية أنا الشقي، رعيت مع البهائم العادمة النطق، وكنت أشتهي غذاءها، فأتضور جوعاً إذ لم أكن لأشبع، لذلك أعود راجعاً إلى الآب المتحنن هاتفاً بعبرات: اقبلني كأحد أجرائك وأنا أجثو لمحبتك للبشر… أيها المخلّص الجزيل التحنن، ترأف عليّ ونقني أنا المتدنس وأعد إليّ حلّة ملكوتك الأولى).
(O nosso caminho, irmãos, é conhecer o poder deste segredo, porque quando o filho pródigo fugiu do pecado e correu para o abrigo paterno, o Pai todo bom o recebeu e o beijou, dando-lhe sinais de sua glória.)
(4) Somos o templo do Espírito Santo. Também somos membros do corpo de Cristo. Qual é a conexão entre esses dois fatos secretos? O Espírito Santo está em nós e nós estamos em Cristo. Porque o Espírito Santo (que é o Espírito de Cristo e também o Espírito do Pai) reside em nós, este Espírito nos integra com a pessoa de Cristo.